V.

XVIII

O dia às vezes é o que menos importa.

Tiny creatures

Fim-de-semana.

A diferença entre o que fiz e o que devia fazer é gigante. Não fiz nada do que devia ter feito. Mas plantei 30bolbos de tulipas e quero muito que elas sobrevivam. Passeei pela cidade. Comi porcaria. Dei abraços. Disse disparates. Festejei o golo do Benfica no ultimo minuto. Tirei fotografias. Fui ao cinema. 

* Digamos que existem mulheres muito vacas e homens muito apaixonados. E o contrário também existe, mas aí que se mude o nome dos animais.

* Adorei.

leaf*

Tiny creatures

It's so fluffy i'm gonna die!

Regresso

Por mais sonoro que seja o namoro das rodas com o asfalto.

Por mais vezes que a bateria do mp3 acabe.

 

Por mais pesada que a mala seja.

Por mais calos que fique.

É tão bom voltar!

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Que 'lindeza tamanha'. Os tons laranjas das paisagens são magnificos. Muito bom.

leaf*

Tiny creatures

Só para aparecer uma imagem fofinha sempre que abro o blog.
Daqui.

Silêncio.

Não consigo parar de pensar nesta noticia. A fotografia causou-me o mudismo e o arrepio. Não existem palavras porque a fotografia vale por tudo o que se poderia dizer. A fotografia basta-se a si mesma. Qualquer palavra seria nada perante o que se sente quando se vê.

Todas as acusações feitas ao fotografo Kevin Karter por ter captado o momento fazem-me pensar sobre o limite em que se toma uma decisão. Uma decisão daquelas verdadeiramente importantes que mudam toda a vida de uma pessoa. Aquelas decisões em que os ses surgem, mas não valem de nada porque o momento já passou e a decisão tomada já condicionou toda a vida futura.

Esta noticia faz-me pensar que o limite da resistência humana é muito ténue e que dedos apontados são sempre de uma cobardia enorme.

leaf*

Inception.

O melhor filme de todos os tempos. Brutal. Fiquei completamente siderada.

leaf*

A aula.

Sexta à noite. Três horas de Macroeconomia. Isto tinha todo o potencial para causar em mim enfado e uma certa irritação. Mas não.

Sexta à noite. Três horas de Macroeconomia. Dou por mim fascinada a ouvir falar sobre temas que me interessam e a sorrir por tudo aquilo fazer sentido.

Só senti algo parecido há muitos anos num outro curso. Nessa altura não sentia paixão pelo que aprendia. Mas o professor sentia paixão pelo que ensinava. A troca era tão incompleta.

Sexta à noite. Três horas de Macroeconomia. O professor completamente motivado com o que estava a ensinar. Eu completamente maravilhada com o que estava a aprender. E assim se fez a troca perfeita.

leaf*

Life.

Pain.
Breathless.
Hurts to swallow.

Sopa de Ervilhas

Enquanto a minha maravilhosa sopa de ervilhas apurava ao lume, fui vendo este filme...tão básico que mesmo perdendo momentos percebi toda a história. E no final a sopa de ervilhas ficou deliciosa.

leaf*

Sober

Why can't we not be sober?
I just want to start this over
Why can't we drink forever?
I just want to start this over

Nunca te disse isto, mas todas as vezes que faço o percurso, penso nesta música e tudo o que eu queria era não estar sóbria. Dói sempre e agora a ferida reabriu-se. Apesar de todos os sorrisos, todos os optimismos, não queria passar por isto outra vez. Ou pelo menos não queria estar sóbria.

Custa fechar os olhos e mesmo assim ter noção das coisas. Custa não voltar a ser inocente, custa esta ser a realidade de agora mesmo a sua efemeridade de escassos meses. Mas não são escassos quando estão em jogo questões do coração. De todas as vezes que a avalanca é solta, nada mais parte que o corpo, a alma, essa fica sempre no lugar onde pertence, bem juntinha a ti.

Cisne Negro

Não gostei, porque não percebi.

leaf*

Questões

Porquê que o pedacinho de pudim que fica no prato é mais saboroso que o pudim todo? Porquê que o molho que fica na colher de cozinhar sabe melhor do que qualquer outra coisa? Porquê que a última gota de ice tea que fica no copo sacia mais do que os restantes 32cl?

Pausa na elevação Cultural!

A Polly acha que o nosso blog está mais elevado culturalmente. Concordo.

Mas existem dias que me apetece mandar a elevação cultural à MERDA. Assim um vai à MERDA GRITANTE.

Hoje é um dia desses.

A elevação cultural serve apenas para os dias interessantes, aqueles dias em que te sentes inteligente e culta e te apetece ler Romeu & Julieta e Tristão & Isolda. Ontem apeteceu-me. Juro que sim.

Porque me apetecem os clássicos e deixar de perder tempo com literatura de cordel.

Ontem apeteceu-me elevação cultural. Mas isso foi ontem.

Prometo que um dia destes vou ler os clássicos todos. Prometo. Mas hoje não me apetece elevação cultural. Apetece-me apenas desfiar os fios todos que não me prendem desde o inicio do ano. Os fios todos podres, e que apenas não causaram a deriva porque as cordas são fortes.

Neste momento sinto a calma a voltar. Tenho sono, muito sono apenas e só porque não tenho descansado nada, mas as noites agora voltaram a ser para dormir e não para pensar.

Depois do que posso com toda a certeza considerar o pior mês e meio de toda a minha vida apetece-me o mar, apetece-me o sol, apetece-me a serenidade tranquila.

Apetece-me agradecer a duas pessoas.

A uma grande amiga que me sentiu os olhos, que me fez chorar apenas e só porque teve um gesto de extrema generosidade para comigo. Agradecer-lhe pelo abraço forte quando baixei os ombros e o olhar. Agradecer a coisa mais pirosa que alguma vez li e que me fez sorrir. Agradecer o facto de gostar de mim e de me apoiar sempre.

Agradecer a quem sem saber e com todo o cuidado esteve sempre nestes últimos tempos. A quem me faz esquecer os problemas porque me faz estar desperta para grandes debates de ideias. Como sou aplicada, existem pontos de vista teus que são também pontos de vista meus, mas isso não te digo porque dá-me muito mais prazer debater contigo.

Se calhar vou fazer mais dois agradecimentos, porque nesta fase a minha vida não teve só coisas más.

Vai um agradecimento para o meu na altura noivo, que agora é o meu ex-noivo e que nunca foi meu noivo de verdade. Foi apenas meu noivo na loucura que está inerente a perfeitos momentos de partilha e brincadeiras parvas. Agradecer por me dar o ombro no fogo de artificio mais fraco que já vi em toda a minha vida mas que valeu pelo ombro do meu ex-noivo.

Vai um agradecimento fundo para uma menina com olhos de serenidade, pelas tardes de conversa, pelas mensagens de amizade. Porque é um elogio do tamanho do mundo o dizerem-nos que fazemos lembrar duas meninas muito amigas do jardim de infância. Até já.

A estas pessoas e às Três Pessoas de sempre na minha vida um Obrigada do tamanho do mundo.

E porque quero muito...vou voltar a elevar-me culturalmente. Mas hoje apetecia-me fechar este ciclo. Espero mesmo que se tenha fechado.

Benny & Joon

 

Fazer tostas com o ferro, eis o motivo pelo qual gostei do filme. Porque são coisas que só o Amor explica. Mas o Amor não explica fazer tostas com o ferro, por isso, só se sente.

Basicamente foi por isso que gostei do filme. Porque muitas das vezes, também fazemos tostas com o ferro e isso é a coisa mais doce do Mundo. E eles não percebem isso.

Sestas

Dormir.

Dormir a sesta.

Dormir a sesta agarradinhos.

E não é uma coisa de velhos.

Manamana

Daqui

O Discurso do Rei

Não me comoveu, mas convenceu-me. Não é brutal, mas é brilhante.

leaf*

Do campo do Sentir...

Sinto-me como se tivesse 88anos. Velha. Tenho os tornozelos inchados. Dores agudas nos joelhos. Tenho as mãos doridas. Qualquer movimento causa-me dor. O bom é que além da pomada para a inflamação, não tomo mais nada. Pensando bem, também não tenho rugas. Ah e o cabelo ainda não é baço e branco. E ainda não me caíram os dentes. Afinal sinto-me apenas com 78anos.

leaf*

V.

Tretas

E assim ficámos sem a Pangeia.

Coisas

Se houvesse uma profissão certa para mim, talvez seria provador de queijos. Ou isso, ou fui rato na outra vida.

V.

Those three words
Are said too much
They're not enough

If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?

It's so fluffy i'm gonna die!

...canções que me fazem estremecer...

Soon I'll grow up and I won't even flinch at your name

Soon I'll grow up and I won't even flinch at your name

leaf*

Sem Sentido.

O mundo é mesmo uma vagem de ervilha. As pessoas são ervilhas dentro da vagem de ervilha. As ervilhas conhecem-se todas, porque a vagem é pequena. Existem ervilhas deliciosas e existem ervilhas podres.

leaf*

Grey's personality

Optimismo. Se antes se desculpava com as ingenuidades da idade, agora é a personalidade quem marca o passo. Engraçado como sempre pensei que os optimistas fossem daquelas daquelas pessoas shining, todos brilhos e Sol, mas ao pensar em mim, vejo que isso é mentira. Sim, cheguei à conclusão que sou optimista mas não shining. E ainda bem, i'm a kind of grey.

Welcome home

Sinto que tenho um brinquedo novo e por isso, com receio abro a caixa e é com esse mesmo receio que lhe lanço o primeiro olhar atento. Começo por brincar com ele e só depois lhe crio hábito. É como estou agora. Tenho medo de errar nas palavras, de começar a encher este novo espaço de riscos e dedadas. Mas não importa, afinal ele foi criado mesmo para isso, para me redescobrir e encontrar o perfil a que encaixo!

Gosto disto aqui, por incrível que pareça, gosto dos verdes, da natureza, da simplicidade. Gostei de ter recomeçado com a minha cara leaf e espero que mais longos anos partilhemos de escrita!

As portas estão abertas, venham entrando!

Pontos d'Interesse...

...nasce da vontade ou mais especificamente da necessidade de recuperar o gosto e a liberdade de escrever tontices que não interessam a mais ninguém se não a nós.

Temos uma casa nova. Um espaço em branco para o encher de momentos, para o decorarmos à nossa maneira e o tornarmos nosso. Temos um espaço novo e amplo. Para colocarmos o que de antigo queremos guardar e para o ir povoando de tudo aquilo que nos faça sentir.

O Pontos d'Interesse é o nosso lugar secreto. O refúgio para a nossa visão do mundo, para descansarmos a alma quando a mesma nos pesar. O conforto para nos aconchegarmos no sofá e beber um chá quente no meio das palavras. É o recanto escondido onde os disparates são aceites, e a vida é sempre benvinda, sem receio do lápis azul.

O lugar onde os teus e os meus Pontos d'Interesse fazem todo o sentido mesmo que sejam completamente sem sentido.