Esta coisa de sermos todos advogados irrita-me profundamente. Sempre que há um caso mais mediático e que merece o tratamento da balança da justiça, o cidadão comum enche-se de sabedoria e começa a ditar os seus próprios julgamentos.
Isto a propósito de um artigo de opinião que li (confesso que não me lembro do autor, muito menos do meio) que debitava algum ódio contra as actividades praxísticas. Ele afirmava que o único sobrevivente do que aconteceu no Meco tinha de ser condenado para servir de exemplo no combate contra as praxes.
Ora, mesmo considerando o actual sistema jurídico e todas as suas falhas, vamos acreditar que os juízes ainda percebem um bocadinho mais de leis do que nós, simples leigos com opiniões vincadas sobre tudo. E vamos também acreditar que não se pode aplicar uma pena apenas motivado em crenças e em ideologias, mas sim em factos e em provas.
Isto só me faz lembrar aquelas rúbricas dos programas da manhã onde falam dos casos da actualidade e onde os apresentadores têm sempre um parecer sobre o caso. Mais uma vez, somos todos advogados sem direito.
[E apetecia-me dizer muito mai sobre isto, mas estou cansada e quero dormir.]
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